Antes
de qualquer “pedrada” em minha direção, informo que não faço
uso de vinho ou qualquer outra bebida embriagante em minha mesa ou
mesmo fora dela. Este estudo visa apenas explicar biblicamente sobre
o uso ou desuso dessas bebidas entre judeus e cristãos. Esta matéria
apresenta os devidos textos e seus significados em seu contexto, sem
nenhuma maquiagem ou malabarismo teológico. As devidas referências
bibliográficas estarão de vermelho.
NO
ANTIGO TESTAMENTO
O
vocábulo hebraico “yayin” corresponde à palavra portuguesa
“vinho” e sua primeira ocorrência está em Gênesis:
“E
começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha. E bebeu
Noé dovinho (hebr. yayin), e embebedou-se; e descobriu-se no meio de
sua tenda.” (Gênesis 9.20, 21). – O negrito é meu.
Vejamos
os mesmos textos em hebraico, transliterado:
“vayachel
Noach ‘îsh ho’adamah vaytta’ karem: vayeshtte
min-hayayinvayishkar vayitgal betokh ‘aholoh”. (Bereshît/Gênesis
9.20, 21). – O negrito é meu.
O
termo yayin é palavra habitual para uva fermentada:
“Esta
é a palavra hebraica habitual para se referir à uva fermentada. É,
em geral, traduzida por ”vinho”. Tal “vinho” era bebido
comumente como refresco: E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão
e vinho” (Gn 14.18; cf. Gn 27.25)
Fica
claro, pois, que o vinho ou uva fermentada era bebido como
“refresco”, foi esse o tipo de vinho que Melquisedeque – tipo
de Cristo – trouxe para Abraão quando este veio da batalha, vinho
fermentado.
“O
“vinho” era usado para dar alegria, para fazer a pessoa se sentir
bem sem ficar intoxicada (2 Sm 13.28). Segundo, o “vinho” era
usado na alegria perante o Senhor. Uma vez por ano todo o Israel
tinha de se reunir em Jerusalém. O dinheiro percebido pela venda do
dízimo de toda a colheita seria gasto “por tudo o que deseja a tua
alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e
por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR, teu
Deus, e alegra-te, tu e a tua casa” (Dt 14.26). (…) O termo yayin
descreve claramente uma bebida intoxicante”
Acima
em negrito, a palavra “vinho” corresponde a yayin, ao passo que
“bebida forte” é termo português para a palavra hebraica
shekhar – “evidentemente um tipo de cerveja”
Algumas
pessoas eram proibidas de beber vinho:
“As
pessoas, em estado especial de santidade, eram proibidas de beber
”vinho”, como os nazireus (Nm 6.3), a mãe de Sansão (Jz 13.4) e
os sacerdotes que se aproximavam de Deus (Lv 10.9).”
Antes
de abençoar Jacó, Isaque bebeu vinho:
“Então
disse: Faze chegar isso perto de mim, para que coma da caça de meu
filho; para que a minha alma te abençoe. E chegou-lhe, e comeu;
trouxe-lhe também vinho (hebr. yayin), e bebeu.”
O suco que
é espremido da uva - não fermentada - é termo distinto de
yayin (vinho), cujo vocábulo hebraico é tîrosh:
“Assim,
pois, te dê Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e
abundância de trigo e de mosto (hebr. tîrosh).” (Gênesis
27.28).
Fica
evidente a diferenciação entre yayin e tîrosh:
“A
palavra tiros é distinta de yayin no que se refere apenas ao vinho
novo não fermentado (mosto).”
Embora
“tîrosh” (mosto, vinho novo) é dito que não seja vinho
fermentado, tal ideia não ocorre em Oséias 4.11 que é claramente
uma bebida embriagante:
“A fornicação,
e o vinho (hebr. yayin), e o mosto (hebr. tîrosh) tiram o
entendimento”.
O
que o texto está dizendo é que os três fazem perder o sentido,
trazendo descontrole. O equivalente do hebraico tîrosh, na
versão grega Septuaginta é “methysma” (bebida embriagante),
vocábulo derivado de “méthê” (embriaguês, bebedeira), falta
de moderação. Entretanto, algo digno de nota também é dito acerca
do vinho:
“O
vocábulo hebraico yayin é etimologicamente igual ao grego oinos e
ao latino vinus. Hamar é nome aramaico, e hemer é etimologicamente
equivalente a ele empregado na poesia hebraica. A palavra hebraica
yayin aparece na Escritura pela primeira vez, referindo-se ao suco
fermentado da uva, Gn 9.21; não há motivos para crer que tenha
outro significado nos lugares em que se encontra. O grego oinos
também se refere a suco fermentado, salvo quando é acompanhado do
adjetivo novo; mesmo assim, não se pode dizer que haja dois vinhos,
um fermentado e outro não. O mosto chama-se vinho novo, e só se
torna vinho por meio da fermentação. Dizem que pelo fato de ser
proibido o fermento durante os sete dias da festa pascal, o vinho
usado nessa solenidade não devia ser fermentado. O argumento não
procede. A fermentação vinosa nunca se chamou fermento. Durante a
páscoa, os judeus não deviam beber líquidos fermentados, nem mesmo
provar o pão com fermento
“O
vinho com mistura era designado pelas expressões mesek, Sl 75. 8;
mimsak, Pv 23. 30; Is 55. 11 (sic), e mezeg, Ct 7. 2, cada uma
das quais designava vinho misturado com certas especiarias que lhe
davam gosto agradável,
O
termo mesek denota “mistura de tempero (para uma bebida)”
em Sl 75.8;mimsak denota “recipiente de misturar” em Isaias
65.11;mezeg, em Ct 7.2 denota “vinho misturado”, provavelmente
“vinho temperado, quente”; algo que é reprovado em provérbios e
outras partes das Escrituras:
“Para
quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? Para
quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos
vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam
buscando vinho misturado (mimsak).” (Provérbios 23.29, 30).
NO
NOVO TESTAMENTO
Nas
Escrituras Gregas Cristãs o vocábulo vinho (gr. oinos) ocorre 34
vezes, sua primeira ocorrência está registrada em Mateus:
“Nem
se deita vinho novo (gr. oinon neon) em odres velhos; aliás
rompem-se os odres, e entorna-se o vinho (gr. oinos), e os odres
estragam-se; mas deita-se vinho novo (gr oinon neon) em odres novos,
e assim, ambos se conservam.” (Mateus 9.17). -
A
indicação do vinho (Gr. oinos) não fermentado (como no caso
acima), é indicada nas Escrituras quando acompanhado do adjetivo
“novo” (Gr. neós):
“O
grego oinos também se refere a suco fermentado, salvo quando é
acompanhado do adjetivo novo; mesmo assim, não se pode dizer que
haja dois vinhos, um fermentado e outro não. O mosto chama-se vinho
novo, e só se torna vinho por meio da fermentação.”
A
expressão acima “vinho novo” é traduzido no Novo Testamento
Hebraico por yayin chadash (vinho novo) e não por “tîrosh” que
é seu equivalente no Antigo Testamento. Sabe-se que João Batista
não bebia vinho (hebr. yayin) fermentado e nem bebida forte:
“Porque
será grande diante do Senhor, e não beberá vinho (gr. oinos), nem
bebida forte, e será cheio do Espírito Santo. Já desde o ventre de
sua mãe.” (Lucas 1.15). -
O
que não era bebido por João Batista, era bebido por Jesus:
“Porquanto
veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio. Veio o
filho do homem comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão
e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é
justificada pelos seus filhos.” (Mateus 11.18, 19).
Quanto às
comidas e bebidas, Jesus era o inverso de João Batista. Porém regia
com moderação e não de maneira imoderada; resultado que não se
embriagava comportamento este justificada pela sabedoria. Tanto as
acusações dos líderes religiosos contra João de que tinha
“demônio”, como as proferidas contra Jesus de que era “beberrão”
(ébrio), não passavam de calúnias. Uma passagem Bíblica torcida
por teólogos é o das bodas em Caná (João 2. 1,11). Dizem eles que
o vinho servido não era fermentado, procurando torcer a Palavra de
Deus por suas preferências religiosas. O vocábulo vinho (gr. oinos;
hebr. yayin) não é acompanhado do adjetivo “novo” para indicar
o contrário, vejamos:
“E,
logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (Gr. oinos) (não
sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham
tirado água), chamou o mestre-sala ao esposo, e disse-lhe: Todo o
homem põe primeiro ovinho (gr. oinos) bom e, quando já têm bebido
bem (gr. methysthõsin =estiverem bêbados), então o inferior; mas
tu guardaste até agora o bom vinho.” (Gr. oinos = vinho
fermentado). (João 2.9, 10).
O
texto não se refere a vinho novo ou suco, pois o vinho bom, o
melhor, sempre foi considerado o velho, Jesus mesmo o considera como
melhor:
“E
ninguém tendo bebido o velho quer logo o novo, porque diz: Melhor
(gr. chrêstos = bom) é o velho”. (Lucas 5.39).
Portanto,
Jesus transformou a água no melhor vinho (velho) outrora oferecido
pelo esposo dono da festa. A expressão dita pelo mestre-sala
“bebido bem,” no texto Grego Original é “methysthõsin,”
significando “estiverem embriagados”, não se tratando do
inofensivo suco; e não foi em simples “suco” (?) que a água foi
transformada, o que contraria o texto que é taxativo em apontar
bebida alcoólica que “embriaga” quando usada de maneira
imoderada. O costume entre os judeus, é que o noivo deve estar e
permanecer em jejum no dia do seu casamento para não se embriagar
com seus amigos convidados:
“Em
certas comunidades, o noivo e a noiva jejuam no dia do casamento,
enquanto em outras só o noivo segue este costume. Alguns judeus
crêem que, se não fosse obrigado a jejuar, o noivo poderia se
reunir com seus amigos na celebração pré-nupcial e se embriagar, o
que o deixaria em más condições para efetuar as formalidades
legais envolvidas na cerimônia de casamento. Não se exige que a
noiva jejue pois é considerado pouco provável que os amigos da
noiva consumam ou a induzam a consumir bebidas alcoólicas.”
NA
CEIA DO SENHOR FOI SERVIDO SUCO DE UVA OU VINHO ALCOÓLICO?
A
expressão “fruto da vide” mencionado na Ceia do Senhor, de modo
algum significa “suco de uva” (?), algo não fermentado:
“E
digo-vos, que desde agora, não beberei deste fruto da vide, até
aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.”
(Mateus 26.29).
O significado judaico e grego à expressão
“fruto da vide”:
“Fruto
da vide, frase falada por Jesus por ocasião de instituir a Santa
Ceia, Mt 26. 29; é expressão usada pelos judeus, desde tempos
imemoriais, para designar o vinho que tomavam em ocasiões solenes,
tais como, pela festa da Páscoa e na tarde do sábado (Mishna,
Berakoth, 6. 1). Os gregos também empregavam a mesma frase, como
sinônimo de vinho capaz de embriagar,
Até
hoje, segundo o costume, os judeus festejam a “Páscoa” (hebr.
Pêssach) com vinho alcoólico:
“Como pessoas livres e
importantes bebem vinhos bons de qualidade, deve-se procurar, para o
Sêder, um vinho forte que contenha álcool e que, de preferência,
não seja fervido. Como segunda opção, pode-se usar vinho fervido.
Alguém que tem medo de tomar vinho, pois pode ficar tonto e não
aguentar o Sêder até o final, é melhor que tome um vinho mais
fraco. É mais importante participar do Sêder até o final do que
beber um vinho forte. Uma opção é misturar vinho com suco de uva.”
Como
todos os da família judia são obrigados a participar do Pêssach
(Páscoa), apenas às crianças são dadas o simples “suco de
uva”:
"É correto dar às crianças suco de uva e não
vinho."
Fica
evidente - entre os judeus - a distinção entre “vinho” e “suco
de uva” na refeição Pascoal. O vinho servido por Jesus na páscoa
é o mesmo servido na Santa Ceia, não era “suco da uva” e muitos
confundem “fermentação vinosa” com fermento, sendo coisas
distintas:
“Dizem
que pelo fato de ser proibido o fermento durante os sete dias da
festa pascoal, o vinho usado nessa solenidade não devia ser
fermentado. O argumento não procede. A fermentação vinosa nunca se
chamou fermento.”
A
fermentação vinosa era natural por não conter fermento, o vinho
pascoal não recebia nenhum produto para ser misturado, mas era
naturalmente o “bom vinho”, o superior:
“O
vinho tinto é servido tradicionalmente à mesa do Sêder porque o
Talmud considera o vinho tinto superior ao branco.”
Sêder
é uma refeição noturna que dá início a festa da páscoa entre os
judeus, é mencionada em Mateus 26.17. Nos tempos dos apóstolos
ainda havia esse costume, e alguns cristãos bebiam imoderadamente no
Sêder, o que levou Paulo a repreendê-los energicamente:
“Porque,
comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um
tem fome e outro embriaga-se. Não tendes porventura casas para comer
e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que
nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo.” (1
Coríntios 11.21, 22). - O negrito é meu.
O
texto acima aponta vinho que embriaga presente na Ceia do Senhor.
Vejamos como faziam os judeus para “enfraquecê-lo” na Páscoa:
“Todos
deveriam ter o cuidado de não o tomarem em excesso. Os meios
empregados para neutralizar os efeitos perigosos do vinho, eram: 1.
Enfraquecê-lo com água, 2 Mac 15. 39; Heród. 6. 84, como se pode
ver no modo de celebrar a Páscoa em que os servos levavam uma
vasilha com água quente para misturar no vinho que era usado nessa
solenidade (Mishna, Pesachim, 7. 13; 10.2,4,7).” .
A
Bibliografia citada da literatura judaica (Mishna, Pesachim, 7.13;
10.2,4,7) é uma prova de que se usava vinho embriagante na “Páscoa”
(hebr. pessach) desde tempos imemoriais, o qual Jesus se utilizou. A
expressão “fruto da vide” era usada tanto por judeus como pelos
gregos como referência ao vinho capaz de embriagar:
“Fruto da
vide, frase falada por Jesus por ocasião de instituir a Santa Ceia,
Mt 26.29; é expressão usada pelos judeus, desde tempos imemoriais,
para designar o vinho que tomavam em ocasiões solenes, tais como,
pela festa da Páscoa e na tarde do sábado (Mishna, Berakoth, 6.1).
Os gregos também empregavam a mesma frase, como sinônimo de vinho
capaz de embriagar, Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma
lança, e logo saiu sangue e água.” (João 19.35). -
Os
líderes da igreja Cristã não deveriam ser pessoas “dadas” (gr.
paroinos = escravo da bebida) ao vinho, isto é, “alguém que
senta-se por muito tempo com o seu vinho, escravo da bebida”
Isto
é enfatizado nas devidas passagens de 1Timóteo 3.3,8; em Tito 1.7 é
recomendado “um pouco” como algo medicinal. A recomendação a
todos os crentes não é só referente ao vinho:
“Bom
é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que
teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.” (Romanos
14.21). - O negrito é meu.
Mesmo
assim, o devido verso e contexto em nada proíbem. Entretanto, sempre
é bom evitar tudo aquilo que pode trazer transtornos no futuro;
afinal, nem todos conseguem reger seu apetite com sabedoria e as
Escrituras repreendem energicamente aqueles que se demoram ou se
entregam ao vinho. Este estudo foi elaborado para mostrar a verdade
escrita na Palavra de Deus, tal qual consta em Seu Sagrado conteúdo,
sem enfeites. Informo ao leitor, antes de qualquer pedrada em minha
direção, que eu não tomo vinho (salvo, o da Ceia do Senhor) e
nenhuma bebida alcoólica ocupa espaço em minha mesa, seja ela de
qualquer natureza. Minha posição e missão é o de falar e pregar a
verdade das Escrituras tais como Ela é, doa a quem doer.
Quanto às comidas e bebidas, Jesus era o inverso de João Batista. Porém regia com moderação e não de maneira imoderada; resultado que não se embriagava comportamento este justificada pela sabedoria. Tanto as acusações dos líderes religiosos contra João de que tinha “demônio”, como as proferidas contra Jesus de que era “beberrão” (ébrio), não passavam de calúnias. Uma passagem Bíblica torcida por teólogos é o das bodas em Caná (João 2. 1,11). Dizem eles que o vinho servido não era fermentado, procurando torcer a Palavra de Deus por suas preferências religiosas. O vocábulo vinho (gr. oinos; hebr. yayin) não é acompanhado do adjetivo “novo” para indicar o contrário, vejamos:
A expressão “fruto da vide” mencionado na Ceia do Senhor, de modo algum significa “suco de uva” (?), algo não fermentado:
“E digo-vos, que desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.” (Mateus 26.29).
O significado judaico e grego à expressão “fruto da vide”:
“Como pessoas livres e importantes bebem vinhos bons de qualidade, deve-se procurar, para o Sêder, um vinho forte que contenha álcool e que, de preferência, não seja fervido. Como segunda opção, pode-se usar vinho fervido. Alguém que tem medo de tomar vinho, pois pode ficar tonto e não aguentar o Sêder até o final, é melhor que tome um vinho mais fraco. É mais importante participar do Sêder até o final do que beber um vinho forte. Uma opção é misturar vinho com suco de uva.”
"É correto dar às crianças suco de uva e não vinho."
A Bibliografia citada da literatura judaica (Mishna, Pesachim, 7.13; 10.2,4,7) é uma prova de que se usava vinho embriagante na “Páscoa” (hebr. pessach) desde tempos imemoriais, o qual Jesus se utilizou. A expressão “fruto da vide” era usada tanto por judeus como pelos gregos como referência ao vinho capaz de embriagar:
“Fruto da vide, frase falada por Jesus por ocasião de instituir a Santa Ceia, Mt 26.29; é expressão usada pelos judeus, desde tempos imemoriais, para designar o vinho que tomavam em ocasiões solenes, tais como, pela festa da Páscoa e na tarde do sábado (Mishna, Berakoth, 6.1). Os gregos também empregavam a mesma frase, como sinônimo de vinho capaz de embriagar, Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.” (João 19.35). -